quinta-feira, 11 de agosto de 2011

RESULTADO DE CONVOCÁTORIA E INTERVENÇÃO URBANA

A comissão julgadora formada por:

Rony Bellinho (artista plástico e pesquizador)
Andrés Castillo Vildósola (artista plástico e curador)
Luiz Carlos Brugnera (artista plástico)

declara (e lamenta) desertas ambas convocátorias.


pedimos desculpas por não informar com anterioridade.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CONVOCATÓRIA INTERVENÇÃO URBANA FUGU 2011





EDITAL DE CONVOCATÓRIA

BAIACU (Bando Independente Associação Cultural) por meio da coordenação de artes visuais abre sua convocatória para participar do festival FUGU 2011 que acontece nos dias 12, 13 e 14 de Agosto do presente no Centro Cultural Gilberto Mayer.

No casso das intervenções serão efetuadas nos terminais rodoviários Oeste, Leste, e Sul da cidade de Cascavel.

Tema: Intervenção no espaço urbano
Técnica: LIVRE

A intervenção urbana faz sugerir uma ocupação dentro do espaço público da cidade, sendo efetivado fora do circuito oficial (tanto público como privado), suas características gerais são:

-relação com o entorno.
-interação com o publico.
-ser efêmeras.
-fator surpreendente para quem assiste a realização dela.

Como participar:

-Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail cascoart@gmail.com

-Nome completo, município, telefone, e-mail.

-Poderão participar artistas dos municípios de Toledo e Cascavel, assim como estudantes de artes que sejam de outros municípios da região oeste do paraná.

-Indicar a duração da proposta.

-maiores de 18 anos.

-Os participantes devem enviar arquivos dos trabalhos em formato jpg a ser apresentados (resolução mínima 800 x 600 pixel em 300 dpi) para o e-mail indicado neste edital, no assunto escrever “convocatória interveção FUGU 2011”

-Serão aceitos 01 (uma) proposta por artista.

-A recepção dos projetos encerra o dia 27 de Julho as 23:59 horas (GMT-3).


Da seleção

-A comissão julgadora estará composta por destacados membros da comunidade artística, que serão revelados no dia do encerramento da convocatória.

-O número de selecionados dependerá dos tipos de trabalhos escolhidos.

-O caráter da escolha por parte da comissão julgadora será soberano e irrevogável.


Dos selecionados

-A comissão informará oportunamente para o selecionado via e-mail e telefone.

-Quedarão excluído os artistas que não comparecerem e/ou não tenham confirmado a presença 4 dias antes dia da montagem.

-Os selecionados têm que estar presentes no dia da abertura do FUGU.

-A lista de selecionados serão publicada no dia 3(três) de agosto de 2011 no site www.baiacu.net e no blog artesemcascavel.blogspot.com

-Cabe a os selecionados o transporte, montagem e desmontagem do material para as intervenções.

-BAIACU não se responsabiliza por danos, roubos o extravios do material.

-Os trabalhos selecionados serão documentados por um fotógrafo profissional em 05 (cinco) cópias da obra em formato digital.



terça-feira, 21 de junho de 2011

CONVOCATÓRIA CARNE 2011



EDITAL DE CONVOCATÓRIA


BAIACU (Bando Independente Associação Cultural) por meio da coordenação de artes visuais abre sua convocatória para participar da mostra FUGU 2011 que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de Agosto do presente no Centro Cultural Gilberto Mayer.


Tema: Carne
Técnica: PINTURA

A carne é uma substância constitutiva do corpo animal a partir deste pressuposto é que o tema relativo á pintura foi idealizado. O assunto proposto sugere a intenção de fazer tal elemento como sendo um fator emblemático da linguagem pictórica .

A carne constitui-se nesta convocatória motivo para um referencial que auxilie e estimule uma proposta de criação visando um fator desencadeador.


Como participar:

-Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail cascoart@gmail.com

-Nome completo, município, telefone, e-mail


-Poderão participar artistas dos municípios de Toledo e Cascavel, assim como estudantes de artes que sejam de outros municípios da região oeste do paraná.

-maiores de 18 anos.


-Os trabalhos devem medir no mínimo 100x100cms e no máximo 250x100cms.


-Os participantes devem enviar arquivos dos trabalhos em formato jpg a ser apresentados (resolução mínima 800 x 600 pixel em 300 dpi) para o e-mail indicado neste edital, no assunto escrever “convocatória carne 2011”

-Serão aceitos 03 (trés) obras por artista.

-A recepção dos projetos inicia no dia 22 de Junho e encerra o dia 27 de Julho as 23:59 horas (GMT-3).

Da seleção

-A comissão julgadora estará composta por destacados membros da comunidade artística, que serão revelados no dia do encerramento da convocatória.

-O número de selecionados dependerá dos tipos de trabalhos escolhidos.

-Será selecionado uma obra por artista; cabendo a ressalva de que a mesma não estará garantindo a participação.

-O caráter da escolha por parte da comissão julgadora será soberano e irrevogável.


Dos selecionados

-A comissão informará oportunamente para o selecionado via e-mail e telefone.

-Estarão excluídos os artistas que não comparecerem e/ou não tenham confirmado a presença 4 dias antes dia da montagem.

-Os selecionados terão de estar presentes no dia da abertura do FUGU.

-A lista de selecionados será publicada no dia 3(três) de agosto de 2011 no site www.baiacu.net e no blog artesemcascavel.blogspot.com

-Cabe a os selecionados o transporte, montagem e desmontagem das obras.

-BAIACU não se responsabiliza por danos, roubos o extravios do material.

-Os trabalhos selecionados serão documentados por um fotógrafo profissional em 03 (três) cópias da obra em formato digital.

-Uma vez encerrado o FUGU os trabalho serão expostos na biblioteca da UNIOESTE por um período de 30 dias(confirmação PROEX UNIOESTE e Biblioteca Unioeste).


domingo, 5 de junho de 2011

O Livro do Artista (2/2) por Rony Bellinho

(continuação da primeira parte)

"Trouxa"  Artur Barrio

Pense numa matéria "revolucionária".
Pense num artista que prima pela "anti-obra-prima".
Que sempre -usa o cúmulo como um fruto proibido, gerado da união entre a audácia e o ápice.
Pois Barrio impressiona pela sua forma -única- de tramar sua obra, quase sempre, "dionisiacamente", nesse estágio de apogeu como um Dionizio carbonário, um estilo "zapatista" de criar; com sua mente "tupamara", contrariando aqueles legionários fiéis que insistem em proteger a múmia ridente da Beleza de seus detratores; ou o Império do Belo, esse monarca-adiado, sempre aclamado quando reinando no que Jorginho  Guinle chama de:
"SUBLIME HOMOGÊNEO"

Pense num livro feito de carne...
Páginas de alcatra? Um único tomo, fração recortada do boi?
Servindo, (re-significando), perecivelmente vivo..., certo é que Barrio sempre primou (como ninguém, na Arte Brasileira), na carne-viva da ousadia, aberta e exposta; um estilo que lateja no nervo; lembremos suas trouxas ensanguentadas - ods anos 70- embrulhadas em jornal, menção de "corpos" amontoados, artista sem precedente, faz de sua trajetória um caminho único; seus trabalhos são "MOLOTOVS" arremessados contra a cidadela crítica, paladinos da teorização, cleros curatoriais...

Seu livro de carne registra seu conceito do objeto ante à materialidade da metáfora, objetivando-a organicamente, no caso, dando ao "seu livro" um tratamento, um arranjo dadaístico levado ao auge anárquico da forma às suas últimas e desconcertantes consequências: utilizando para o livro, a mesma matéria formativa a todo homem: "conteúdo" escrito no continente de sua carcaça...

Rony Bellinho

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Livro do Artista (1/2) por Rony Bellinho


"livro de artista" Artur Barrio

O Livro  do Artista remete-nos a um primeiro momento, cujo sentido traz à luz uma ideia: a de re"re-significação".
O artista, no caso específico de seu ambiente do fazer inventivo, apropria-se do objeto, livro, e o dimensiona plásticamente, estéticamente, e, por fim: retira-o de seu tradicional lugar-comum em que tal objeto se encontra no mundo.

O livro, como objeto existente, imediatiza-se por cumprir-se como um signo de referência instantânea de utilidade; presença de significado e intenção tão notórias quanto seria um garfo, que de pronto nos dá a razão de sua serventia: trazer o alimento à boca.

Re-Significar. A partir deste eixo-móvel podemos sugerir, aqui, algumas argumentações em torno. Re-Significar, assim nós percebemos, indica-nos que o objeto-livro (pelo efeito artística agora implicativo na apropriação), atinge um novo ato à sua forma de existência; bem como à sua forma contida no objeto, o artista (agora) estipulará, vê-lo como objeto de sua autoria, sujeito à engenhosidade que o agente proporcione onde expresse a modificação do conceito presentificada então como "obra".

Ao artista (agente desta modificação) caberá fazer incidir, atuar sobre o objeto escolhido na apropriação, elaborando o trajeto de etapas "in progress" que o objeto requer; até culminar, já como um "livro-obra", como "produto de uma possibilidade extra", predispondo-o já no reino extendido da aparição,  acionar(em sendo obra), poéticas - que foram envolvidas, e que se manifestam à (s) leitura/s que se faça(m) à sua exposição.
Sob o signo da criação, o artista ( e unicamente ele), acionará o seu dispositivo sobre algo tão elementar, dando-lhe um novo estado, propondo uma nova identidade, uma inédita forma de "existir" agora como um objeto; componente orbital no universo da arte.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

MAGMA - BATAVO 2/2 (por Rony Bellinho)

cont.

Se pudéssemos reconstituir aqueles que firmaram esses "étimos" espirituais (aqui evocando Kandinski) em relação unicamente aos amarelos, poderíamos, ainda que com certo rigor no zelo ou cuidadosa alusividade, citar nomes de uma portentosa dinastia da mesma Holanda de Kooning; nomes estes que utilizaram esta cor (por certo com variantes à escala de potência, mas implicantes como indício real, não menos palpável, como uma potência comum e imprescindível da paleta dinástica dos mestres holandeses. Esta expoência atinge uma máxima determinante de ser, algo muito próximo àquilo escrito por Haroldo de Campos
"Desse excesso, dessa demasia
instada e instante
nasce a informação original
o sol (é claro) ensolara-se
de sol"
Seria a cor onde se esmalta em uma faixa do pano - turbante- tão serviçal de Vermeer; rebaixa-se em lento óbito opaco do funeral do ouro de Rembrandt; empasta-se alto e possuìdo, veias vivas do tubo de Van Gogh; quintavenida-se á ordem de Mondrian; para resultar em De Kooning como um frêmito "esfaquiar", assim declarativo como um protesto de lavas.

Vã tentativa será, assim afirmamos, em qualquer tempo, obter a marca precisa desta extensão alcançada, ou mesmo uma medição analítica-ensaística que venha pairar sobre a obra desse impressionante (desculpem-nos qualquer redundância) artista.

Creio que apenas poderíamos referirmo-nos (fiéis às aparições de suas obras), tocar  indiciais e retinianas referências que nos assaltam de imediato assombro: sua apavorante plasticidade de ataque face à intenção de consumar, por fim, uma síntese do apogeu pictórico do furor..
A primeira leitura que se faça de seu trabalho, encontraremos certas localidades a des-cicatrizarem-se; que se coagularam abertas e revoltas.
Ou ainda mais precisamente e melhor àquilo que G.C. Argan ressalta:

"(...) O gesto expresionista de pintar, colocar as tintas, atirá-las e manipulá-las na tela é, para De Kooning, um gesto explosivo, que desintegra a realidade. Recuperam-se, de fato, os fragmentos de figuração no magma devastado de sua pintura decididamente "informal": como no fundo lodoso de um poço descobre-se, com um arrepio de nojo, a carcaça que infectou suas águas."


Rony Bellinho

sexta-feira, 13 de maio de 2011

MAGMA - BATAVO 1/2 (por Rony Bellinho)

Epígrafe: "L' arte è universale e dirompante
è como em colpo di pistola che squarcia il buio e spezza il silenzio"
(Tano Festa)

O contágio inicial com a obra de Willem de Kooning, lembro, foi por intermédio de algum registro esparso daquilo que mais notoriamente didático se possa obter; rápido flash históricamente pedagógico: obra-movimento-data.

Seria, no caso, algo que apenas documentaria, ali, sua época mais "vitalista", corresponde à extensa fase-WOMAN (a mais identificante), ou a simbólica obra EXCAVATION, ambas representando sua "assinatura-autoria" mais instantânea.

Foi quando de minha visita ao Berinjela (sebo de renome no RJ), encontrei - e tão logo comprei - uma espécie de coletânea síntese, edição norte-americana, simples, mas de feitio editorial com extremo rigor.

Tal publicação apresentava um Kooning paripasso, do momento iniciante, com fortes componentes de resoluções acadêmicas, interpassando também por etapas que o artista ultrapassava, a desenvolver sua própria iconografia, até chegar em suas obras de recorte mais consagrador.

Aqueles fatores que, em princípio, se indentificavam com a minha ideia de uma pintura menos contemplativa, idealizada a partir do elemento mais demolidor em Picasso, o transtorno audacioso da forma, bem como aquilo que o expressionismo alemão distorcia à figuração, estariam, a meu ver, verticalizados à proposta pictórica de Kooning. Isto, portanto, atuaria, sobremaneira, ao meu desejo de a partir de então, estudá-lo, ratificando a ideia de ultrapassagem ou melhor, aquilo que E. Panofsky aponta como: "a camada primária de sentidos". Ratificavam-se também a admiração e o convívio, intensificados ao longo deste percurso de aprofundamento quanto à sua obra. Ciente destas forças atuando combinadas, já devidamente ciente de sua estatura biográfica (ante ao relevo de auge que sua figura proporciona no itinerário da arte produzida nos EUA a partir da década de 40) , já podia admiti-lo como um artista-sinalizador.
Tornar-se-ia então (para mim) a representação da densidade contundente do cast de auras vertiginosas, aquelas que alimentaram-se de espirais voluntariosas e, finalizando, em eruptiva plasticidade.
Kooning somaria-se à restituição de um paroxismo ante à calculada incontibilidade da cor, seu impactante instante "in presentia", nostálgica de seus amarelos; como a estabelecer o étimo espiritual de uma, chamemos assim, lírica da fúria destes.