segunda-feira, 3 de agosto de 2009

resposta

Quando da realização da exposição PARALISIA, e solicitado a mim que fizesse o texto de abertura, não estava seguro de que poderia escrevê-lo porque o tempo naquele momento era muito curto (menos de 24 horas originalmente). De fato, o texto em si não surgiria sem que minha esposa insistisse. Esta negação inicial e reticência a escrever decorre um pouco do fato de eu mesmo ter pedido ‘a conta’ como associado da AAPLAC (Associação dos Artistas Plásticos de Cascavel), o que nem vem ao caso agora.

O texto de PARALISIA não é só “uma obra de arte, né?”; o texto em questão faz parte da mostra de arte contemporânea do qual os artistas aderiram a um tema em particular (neste caso a situação atual da cultura na cidade e de como se pensa na atualidade produto de ineficiências anteriores), assim, o texto teórico se faz de transmissor de ideias e de nota introdutória a quem assiste pela primeira vez a exposição.

Este “indivíduo”, ”rapaz”, “moço”, “estranho”, “estrangeiro”, como em várias oportunidades tem perguntado a uma quantidade determinada de pessoas (acho mais direito Andrés, o “chileno”, como já falaram outros secretários num tom mais coloquial), refere-se a minha pessoa, e estou disposto a dar a cara de igual a igual, e sem rodeios. Você não acha que a melhor forma de ter conhecimento do que se passa pela minha cabeça é vir direto a fonte e não com bate-papos ‘secundários’?

Considero urgente defender os artistas Luiz Carlos Brugnera e Nelson Josefi, que fizeram o possível dentro de suas condições como funcionários públicos. Considero covardia e falta de profissionalismo fazer um comentário se utilizando a cada momento de um triste evento pessoal, afinal de contas é passado (ou você acha que é a primeira pessoa a perder um filho?). Usá-lo como desculpa no momento em que alguém difere do seu parecer, com o peso da sua condição como secretária de cultura, é evidência de despreparo mediático e faz da sua atual posição mera maquiagem política.

Se o que você requere são fatos que comprovem os esforços por estes dois artistas, primeiro deve lembrar o que é exatamente um assessor. Segundo o dicionário da língua portuguesa, assessor é a ‘Pessoa que tem como função profissional auxiliar um cargo superior nas suas funções’. Isto significa que eles não eram aparatos executores na época, se fosse assim o monumento da praça da Bíblia estaria neste momento construído (aproveito para lembrar que o projeto está aprovado e é hora de começar), sem contar as inúmeras obras públicas que tentaram gestionar.

Sei que por enquanto você não me conhece, mais assim como minas palavras (ou letras, se prefere), estaremos em contato. Francamente, vou deixar de me conter, como fiz na vez anterior com o texto da exposição PARALISIAS (sim, o texto da mostra está leve, porque considerei editá-lo antes de o publicar, sendo benevolente e pensando que esta nova administração merecia o ‘beneficio da duvida’).

Aproveito para informar a Senhoria que minha ‘situação’ com o consulado e com outras pessoas é de completa legalidade.



Andrés Castillo Vildósola é Artista y Curador Independiente, Associado A.C.A (Artes Contemporáneas Asociadas,Chile) e Associado LAALVACA (gestores culturais, México).