sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Esquecimentos de Mulher Instalção e Video Arte no JL Shopping





De querer esquecer, mais o quê é realmente o esquecido?, é aquilo que não interessa para nos?, esquecemos por negligencia ou por necessidade de continuar vivendo?

Hoje queremos refletir sobre o especial esquecimento da mulher, dos sonhos e brincadeiras de criança(vestido vermelho sobre a mesa). Que foram devorados por o tempo e a sociedade, convertendo-nos muitas vezes em arquétipos das estigmatizadas, das parias.


Maria Soledad e Paola Ferraris (Chile)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Exposição artista chileno abre com exposição Resistência da memoria no Jl Shopping




Elier Revillar nascido e criado em Punta Arenas a cidade continental mais austral do mundo, atualmente vive e trabalha em Santiago do Chile.

Elier é licenciado em Artes pela Universidade do Chile com menção em pintura, uma das entidades mais fortes em assuntos das artes de seu país. O artista decide tomar um caminho diferente ao resto dos formandos de sua faculdade, abandonando os grandes discursos e voltando-se para uma pesquisa e desenvolvimento pessoal.

As pinturas todas óleos sobre tela de 180 x 120 centímetros, são honestas e simples, sem maiores pretensões: “pintura por pintura” segundo o próprio artista afirma. Cor, mancha, composição, gestualidade é síntese , voltando-se ao espectador uma pintura pessoal própria de quem busca a pureza em seu linguajem.

As obras apresentadas são pinturas que fazem parte desta pesquisa pessoal do artista, trazendo a tona suas inquietações que são simplificadas nas linhas de trabalho.
A boca delineada e o procedimento técnico da mancha suja e gestual trazem a forma inconclusa neste momento, transformando a mesma boca enferma em uma metáfora da miséria humana reinante desta época, que nos faz lembrar que o nosso inimigo mais próximo somos nós mesmos.


colaboração Andrés Castillo Vildósola artista e curador independente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

resposta

Quando da realização da exposição PARALISIA, e solicitado a mim que fizesse o texto de abertura, não estava seguro de que poderia escrevê-lo porque o tempo naquele momento era muito curto (menos de 24 horas originalmente). De fato, o texto em si não surgiria sem que minha esposa insistisse. Esta negação inicial e reticência a escrever decorre um pouco do fato de eu mesmo ter pedido ‘a conta’ como associado da AAPLAC (Associação dos Artistas Plásticos de Cascavel), o que nem vem ao caso agora.

O texto de PARALISIA não é só “uma obra de arte, né?”; o texto em questão faz parte da mostra de arte contemporânea do qual os artistas aderiram a um tema em particular (neste caso a situação atual da cultura na cidade e de como se pensa na atualidade produto de ineficiências anteriores), assim, o texto teórico se faz de transmissor de ideias e de nota introdutória a quem assiste pela primeira vez a exposição.

Este “indivíduo”, ”rapaz”, “moço”, “estranho”, “estrangeiro”, como em várias oportunidades tem perguntado a uma quantidade determinada de pessoas (acho mais direito Andrés, o “chileno”, como já falaram outros secretários num tom mais coloquial), refere-se a minha pessoa, e estou disposto a dar a cara de igual a igual, e sem rodeios. Você não acha que a melhor forma de ter conhecimento do que se passa pela minha cabeça é vir direto a fonte e não com bate-papos ‘secundários’?

Considero urgente defender os artistas Luiz Carlos Brugnera e Nelson Josefi, que fizeram o possível dentro de suas condições como funcionários públicos. Considero covardia e falta de profissionalismo fazer um comentário se utilizando a cada momento de um triste evento pessoal, afinal de contas é passado (ou você acha que é a primeira pessoa a perder um filho?). Usá-lo como desculpa no momento em que alguém difere do seu parecer, com o peso da sua condição como secretária de cultura, é evidência de despreparo mediático e faz da sua atual posição mera maquiagem política.

Se o que você requere são fatos que comprovem os esforços por estes dois artistas, primeiro deve lembrar o que é exatamente um assessor. Segundo o dicionário da língua portuguesa, assessor é a ‘Pessoa que tem como função profissional auxiliar um cargo superior nas suas funções’. Isto significa que eles não eram aparatos executores na época, se fosse assim o monumento da praça da Bíblia estaria neste momento construído (aproveito para lembrar que o projeto está aprovado e é hora de começar), sem contar as inúmeras obras públicas que tentaram gestionar.

Sei que por enquanto você não me conhece, mais assim como minas palavras (ou letras, se prefere), estaremos em contato. Francamente, vou deixar de me conter, como fiz na vez anterior com o texto da exposição PARALISIAS (sim, o texto da mostra está leve, porque considerei editá-lo antes de o publicar, sendo benevolente e pensando que esta nova administração merecia o ‘beneficio da duvida’).

Aproveito para informar a Senhoria que minha ‘situação’ com o consulado e com outras pessoas é de completa legalidade.



Andrés Castillo Vildósola é Artista y Curador Independiente, Associado A.C.A (Artes Contemporáneas Asociadas,Chile) e Associado LAALVACA (gestores culturais, México).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

PARALISIA

Quando o sistema nervoso envia sinais erráticos aos músculos estes perdem sua efetividade e apresenta-se uma série de problemas que vão desde movimentos involuntários ou, no pior dos casos, disfuncionamento deixando eles completamente paralisados acontecendo o que conhecemos como PARALISIA, se os sinais erráticos produzem-se nos músculos importantes como o coração, acontece a morte do organismo.

A seguinte exposição utiliza este nome para ser utilizado como metáfora / protesta, para conseguir isto os artistas desta mostra apresentam “anti-obras”, denunciando esta atrofia de um aparato público que poco a poco se vá desligando produto de sua inoperância desde seu entendimento por as autoridades que pensam a cultura como um gasto no orçamento público e no como um potenciador de turismo cultural trazendo e fomentando o comércio (sem falar que Cascavel é a cidade depois de Curitiba com mais espaços culturais no paraná) e porém da economia da própria cidade.

PARALISIA propõe demostrar o decaimento não só por falta de orçamento mais também quer deixar claro que certos prédios institucionais podem ser nosso grande elefante branco que se vai acrescentando com cada operário sem olhar do futuro, que não conseguem reverter neste momento a situação da infra-estrutura dos espaços disponíveis que caem em pedaços e que enchem de poeira(sem mencionar as condições dos acervos) sem dar a força suficiente como para manter um horário de funcionamento de acordo a estândares universais isto é que não abre nos finais de semana e fecha no horário do almoço, como em eventos da Vento sul(exposição do Mercosul com artista de renome internacional dos quais um deles moram em nossa própria cidade) não é aproveitados simplesmente porque não se faz nada para que o evento seja conhecido pelo público.

Resumindo PARALISIA procura evidenciar a não existência de um desenvolvimento cultural além dos grandes eventos populistas que seguem fazendo de cascavel uma cidade só conhecida por quem procura o mundo rural (sem desconhecer esforços dos agentes deste mundo) e por quem só interessa-se do capital tangível que mantém o desenvolvimento estancado na mediocridade.

Andrés Castillo Vildósola
Artista Contemporâneo e Curador Independente.
Membro A.C.A(Artes Contemporáneas Asociadas, Chile).
Membro LAALVACA (gestores Culturais, México) .