segunda-feira, 13 de julho de 2009

PARALISIA

Quando o sistema nervoso envia sinais erráticos aos músculos estes perdem sua efetividade e apresenta-se uma série de problemas que vão desde movimentos involuntários ou, no pior dos casos, disfuncionamento deixando eles completamente paralisados acontecendo o que conhecemos como PARALISIA, se os sinais erráticos produzem-se nos músculos importantes como o coração, acontece a morte do organismo.

A seguinte exposição utiliza este nome para ser utilizado como metáfora / protesta, para conseguir isto os artistas desta mostra apresentam “anti-obras”, denunciando esta atrofia de um aparato público que poco a poco se vá desligando produto de sua inoperância desde seu entendimento por as autoridades que pensam a cultura como um gasto no orçamento público e no como um potenciador de turismo cultural trazendo e fomentando o comércio (sem falar que Cascavel é a cidade depois de Curitiba com mais espaços culturais no paraná) e porém da economia da própria cidade.

PARALISIA propõe demostrar o decaimento não só por falta de orçamento mais também quer deixar claro que certos prédios institucionais podem ser nosso grande elefante branco que se vai acrescentando com cada operário sem olhar do futuro, que não conseguem reverter neste momento a situação da infra-estrutura dos espaços disponíveis que caem em pedaços e que enchem de poeira(sem mencionar as condições dos acervos) sem dar a força suficiente como para manter um horário de funcionamento de acordo a estândares universais isto é que não abre nos finais de semana e fecha no horário do almoço, como em eventos da Vento sul(exposição do Mercosul com artista de renome internacional dos quais um deles moram em nossa própria cidade) não é aproveitados simplesmente porque não se faz nada para que o evento seja conhecido pelo público.

Resumindo PARALISIA procura evidenciar a não existência de um desenvolvimento cultural além dos grandes eventos populistas que seguem fazendo de cascavel uma cidade só conhecida por quem procura o mundo rural (sem desconhecer esforços dos agentes deste mundo) e por quem só interessa-se do capital tangível que mantém o desenvolvimento estancado na mediocridade.

Andrés Castillo Vildósola
Artista Contemporâneo e Curador Independente.
Membro A.C.A(Artes Contemporáneas Asociadas, Chile).
Membro LAALVACA (gestores Culturais, México) .